terça-feira, 31 de março de 2009

De mãos dadas com Sócrates

"Só sei que nada sei." A lógica socrática trabalha a construção do pensamento e do conhecimento através de ter como base a desconstrução do aprendido, aprendido esse de forma massificada, sem análise critica, ou seja, sem o burilar do questionamento.

É a lógica do parto individual, Roland Barthes dizia que é preciso desaprender para aprender, é o desaprendizado sobre os deuses que gerou o conhecimento terreno, Segundo palavras de Cícero, "Sócrates fez a filosofia descer dos céus à terra". O mesmo que Bultmman iria fazer na modernidade, desmistificar.

Nietzsche dizia que onde a oásis a ídolos... Há! Caminharia eu de mãos dadas com Sócrates tomando cicuta em taças, no deserto de forma errante procurando a verdade que gera desconforto, longe de oásis , longe do conforto dos idólatras. Sim! Eu construiria á lógica dessa maneira imprópria ao convencional, observando o nada em correlação com meus pensamentos nascidos da fonte fazia de meu ser que me faz transcender sempre, buscando verdade como porto inseguro.

Rubem Alves usa uma frase de Kierkegaad que caberia nessa construção:“ “Se Deus tivesse, na sua mão direita, a verdade toda e, na sua mão esquerda a infinita busca da verdade, sem nunca chegar a ela, e me dissesse: “Escolha!” Eu diria: “Dá-me a sua mão esquerda porque a verdade é para ti somente.” ( Lessing).

Assim, de maneira básica, eu e Sócrates, construiríamos nas nossas brincadeiras irônicas os filhos com nomes de conhecimento, dando a luz àquilo que pode ser assassinado sempre; a verdade.

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