segunda-feira, 13 de abril de 2009

Por acaso não soube que Deus Morreu?!!! (Nietzsche)

É importante atentar para idéia de Nietzsche sobre Deus levando em conta o processo histórico. Pois o que Nietzsche diz quando afirma que Deus morreu, está intimamente ligado ao conceito de Deus formulado na idade média.

Que Deus é esse? Esse Deus na ótica de Friedrich Nietzsche, é um ídolo que entorpece o povo juntamente com a religião, assim fazendo com que os seres humanos vivam castrados e sem liberdade reprovando a vida e ignorando os prazeres e alegrias que essa terra oferece.
O Deus que Nietzsche critica é o Deus da religião, o Deus ligado aos dogmas e repressões.

E o que é religião, Rubem Alves a define muito bem em seu livro, Suspiro dos Oprimidos :
Sabia que a religião é uma linguagem ?
Um jeito de falar sobre o mundo...
Em tudo, a presença da esperança e do sentido...
Religião é tapeçaria é a tapeçaria que a esperança constrói com palavras.
E sobre estas redes as pessoas se deitam.
É. Deitam-se sobre palavras amarradas umas nas outras.
Como é que palavras se amarram?
É simples. Com o desejo.
Só que, às vezes, as redes de amor viram mortalhas do medo.
Religião são gaiolas feitas com palavras com a pretensão de possuir os pássaros em vôo ( homens livres). E é dessa pretensão que surge a arrogância e o dogmatismo.

Afirma-se que o Deus da religião é um Deus morto, e que causa morte da liberdade de pensamento através de teias feitas com palavras, essas teias se chamam dogmas. Nesse sentido, esse Deus deve morrer junto com sua censura, mas, Nietzsche, em seu pensamento deixa um espaço vago que foi incompreendido, pela sua visão limitada causada pelo ceticismo sobre Deus.
E esse espaço é a realidade de Deus e não de um ídolo travestido de Deus que é pregado pela religi
Essa realidade de Deus, é o Deus verdadeiro que não pode ser preso pelas teias da linguagem, ele é totalmente mistério. E o Deus que se revela a Moisés como o “Eu sou” (Ex.3:14) , como o Deus que não pode ser definido pelo homem, e que é imanente, transcendente e transparente.
Como diz Leonardo Boff:
Deus não é só transcendente e nem só imanente. Ele é também transparente. como diz São Paulo: “ Há um só Deus e Pai de todos, que está acima de tudo ( transcendente), por tudo ( transparente) e em tudo (imanente)” (Ef 4,6).
Existe uma categoria intermédia entre transcendência e a imanência: a transparência. Ela não exclui, mas inclui. Ela participa de ambas e se comunica com ambas. Transparência significa a presença da transcendência dentro da imanência. Em outras palavras significa a presença de Deus dentro do mundo e o mundo dentro de Deus.

Esse Deus está além da religião, Não pode ser expresso com palavras apenas têm-se lampejos de compreensão sobre Ele, contudo está sempre além dela, como dizia Santo Agostinho: “ Por mais alto que sejam os vôos do pensamento, Deus está ainda para além... se imaginares compreender, compreendes não Deus, mas apenas uma representação de Deus. Se tens a impressão de tê-lo compreendido, então foste enganado por tua própria reflexão".

Esse Deus, contrapondo o Deus morto de Nietzsche, permanece vivo até hoje e para sempre amém.“ Eu sou o Alfa e Ômega, O principio e O fim, O primeiro e o derradeiro...estou vivo para todo sempre.” ( Apc.22:13 e 1:18). O Deus Morto de Nietzsche (e esse Deus deve morrer mesmo) é o pássaro empalhado na gaiola da religião.
Deus verdadeiro voa livre fora da gaiola dos pensamentos humanos.

terça-feira, 31 de março de 2009

De mãos dadas com Sócrates

"Só sei que nada sei." A lógica socrática trabalha a construção do pensamento e do conhecimento através de ter como base a desconstrução do aprendido, aprendido esse de forma massificada, sem análise critica, ou seja, sem o burilar do questionamento.

É a lógica do parto individual, Roland Barthes dizia que é preciso desaprender para aprender, é o desaprendizado sobre os deuses que gerou o conhecimento terreno, Segundo palavras de Cícero, "Sócrates fez a filosofia descer dos céus à terra". O mesmo que Bultmman iria fazer na modernidade, desmistificar.

Nietzsche dizia que onde a oásis a ídolos... Há! Caminharia eu de mãos dadas com Sócrates tomando cicuta em taças, no deserto de forma errante procurando a verdade que gera desconforto, longe de oásis , longe do conforto dos idólatras. Sim! Eu construiria á lógica dessa maneira imprópria ao convencional, observando o nada em correlação com meus pensamentos nascidos da fonte fazia de meu ser que me faz transcender sempre, buscando verdade como porto inseguro.

Rubem Alves usa uma frase de Kierkegaad que caberia nessa construção:“ “Se Deus tivesse, na sua mão direita, a verdade toda e, na sua mão esquerda a infinita busca da verdade, sem nunca chegar a ela, e me dissesse: “Escolha!” Eu diria: “Dá-me a sua mão esquerda porque a verdade é para ti somente.” ( Lessing).

Assim, de maneira básica, eu e Sócrates, construiríamos nas nossas brincadeiras irônicas os filhos com nomes de conhecimento, dando a luz àquilo que pode ser assassinado sempre; a verdade.

sexta-feira, 27 de março de 2009

apologia a autenticidade ( Carpe Diem)

Amo a loucura dos diferentes.O poeta Ts Eliot dizia que em terra de fugitivos quem caminha para tras parece estar fugindo. Sim, quem caminha para tras parece estar, mas não está. Nesse sentido que caminha para tras está no caminho certo, no caminho da autenticidade, na busca do horizonte da verdade. Mas quem caminha em busca da verdade autêntica sempre será taxado de louco, de herege, de revolucionario, progressista e outros titulos pela maioria que está fugindo da busca de enchergar a si mesmo como realmente é, sapiens e demens ao mesmo tempo.
Somo seres de razoabilidade e violência ao mesmo tempo. Seres de poesia e eficácia. Somos assim; Paradoxos sempre.Quem que nunca sentiu ódio por pessoas que durante muito tempo eram amadas.Quem que nunca pensou em chutar tudo para o alto, ao mesmo tempo sabendo que tinha responsabilidade de ficar.
Somos assim, não adianta fugir dessa verdade se escondendo atras de uma mascara de beatitude, de boa politica e de falsa moralidade.Oque vejo é que devemos encarar a vida do jeito que ela é em sua essência. Ser autêntico sem fugir por motivo de medo de ser considerado louco ou diferente. Há momentos para tudo diz os poemas sagrados... então viva o momento intensamente de forma autêntica... se tristeza: chore... se alegria: sorria... se raiva: grite... se amor: suspire... se sexo: aproveite... se bebida: beba... se comida: coma... se beleza: contemple... se consequencias: colha... Dito romano para isso: CARPE DIEM... COLHA O DIA.Aproveite a vida... Roland Barthes, poeta, não teve muitas amantes em sua vida, mas mandou escrever no epitáfio de seu túmulo: " se perguntares por mim, diga que sou aquele que teve um caso de amor com a vida". Esse é o espirito, seduzir não só a pessoa que está próxima, mas seduzir o universo, gozando de sua beleza cosmica... mesmo sendo criticado, mas amando a vida sempre... vida dom e graça Divina!!!

quinta-feira, 26 de março de 2009

Aperitivo...eclesio-poesia

Odeio na igreja:
Odeio a arrogancia mascarada dos lideres.
Odeio a presunção das doutrinas que são considerandas verdades absolutas.
Odeio essas receitas de vitorias que são pregadas em tres pontos, coisas fazias.
Odeio o moralismo que se mistura na comunidade como se fosse mandamento Divino.
Odeio a politicagem.
Odeio a presuncão de considerar os imãos e irmãs, filhos da mãe terra e de Deus, como criaturas e não filhos do MISTÉRIO.
Odeio a falta de Humanidade!

Amo na igreja:
Amo as pessoas simples (disse simples).
Amo o sacramento que é simbolo.
Amo a musica e toda a forma de arte, plastica, cénicas, sonoras e.... amo os vitrais dos templos catolicos, coisa linda!
Amo a beleza!
Amo o lado humano quando ele se apresenta.
QUANTO MAIS HUMANO MAIS DIVINO!